Conheça o case de uma empresa que abre mão de parte do seu lucro para investir em marketing social. Muitas empresas dizem que fazem marketing social, mas a maioria apenas acha que faz. A cada dia que passa, novas necessidades são colocadas à frente do departamento de Marketing. Mas de que adianta criar novas opçÔes e novos produtos, se o ator principal ? o homem ? não estå conseguindo realizar suas necessidades båsicas, não estå sobrevivendo?
Durante a Feicon 2006, em SĂŁo Paulo, fui convidado a participar da recepção que a FLC (Fortune Light Corporation) ofereceu para mais de duas mil pessoas ? seus clientes ? como forma de agradecer a posição que detĂ©m no Brasil: liderança absoluta. Em vez de fazer o tradicional estande junto Ă feira, focou o interessado: o cliente, com uma recepção que nĂŁo Ă© possĂvel descrever em breves linhas. Ficou marcada em cada um dos convidados, tamanha a grandiosidade, ousadia, planejamento, estrutura, ambiente, pessoal envolvido e infalĂvel, sob o comando direto de Alcione de Albanesi, presidente da FLC, que em suas palavras soube dizer, relatar e agradecer a posição que ocupa, conquistada com a imensurĂĄvel ajuda dos seus convidados.
Quantas empresas investem o que foi disponibilizado nessa recepção? Podemos contar nos dedos aquelas que demonstram gratidĂŁo aos seus clientes internos e externos. A FLC, no entanto, soube inovar. Quem nĂŁo esteve presente, jamais poderĂĄ imaginar o que aconteceu, tanto que fui um dos Ășltimos a sair do salĂŁo, com o meu amigo JoĂŁo, pois ficamos, conversando e aprendendo com Alcione sobre o que Ă© fazer marketing social.
Sim, marketing social; a FLC distribui seus lucros para aqueles que a vida nĂŁo proporcionou melhores condiçÔes, atravĂ©s dos ?Amigos do Bem?. Grupo que, a partir de 1993, por meio de campanhas realizadas no perĂodo do Natal e do Ano-Novo, um grupo de amigos liderados por Alcione passou a arrecadar e distribuir, no sertĂŁo nordestino, alimentos, roupas, colchĂ”es, brinquedos e cadeiras de rodas, bem como levaram atendimento mĂ©dico e odontolĂłgico aos povoados carentes daquela regiĂŁo.
Mas nĂŁo parou por aĂ. Hoje, apesar das grandes dificuldades, Ă© possĂvel fazer o bem. AtravĂ©s da ?Cidade do Bem?, 600 pessoas ganharam um endereço digno de morar. Para vocĂȘ ter uma idĂ©ia da qualidade do marketing social, hoje sĂŁo cinco mil famĂlias cadastradas, 120 toneladas de alimentos que sĂŁo entregues regularmente, distribuição de roupas, colchĂ”es, medicamentos e brinquedos, atendimento mĂ©dico e odontolĂłgico, diversos projetos sociais, construção de casas, cisternas e poços artesianos e desenvolvimento auto-sustentĂĄvel gerando trabalho.
Ainda maravilhado pela recepção, quero convocar a todos os que possuem um coração aberto e estĂŁo dispostos a investir no marketing social. Se uma empresa comercial pode dar parte de seu lucro, imagine o que vocĂȘ pode dar: seu calor, seu amor e sua atenção aos necessitados.