Você também se arriscaria?

Resolvi dar um feedback “praquele” garoto e disse: “- Você é uma pessoa muito especial! Tem brilho nos olhos, é jovem, mas já tem um sonho definido pro futuro. É curioso e atento ao que está ao seu redor.” Do alto dos meus 40 e tantos anos…
Resolvi dar um feedback “praquele” garoto e disse: “– Você é uma pessoa muito especial! Tem brilho nos olhos, é jovem, mas já tem um sonho definido pro futuro. É curioso e atento ao que está ao seu redor.”

Ele me respondeu, olho no olho: “- Você também é uma pessoa muito especial. Aliás, vamos trabalhar juntos daqui a 5 anos quando me formar em arquitetura.” E eu que tinha ido procurá-lo pra propor um trabalho…

Ao final daquele breve contato me descobri cheia de uma energia muito positiva. Aquele garoto realmente não era arrogante, mas era muito desafiador. Seguro, parecia gostar de se relacionar com os outros, gostando primeiro de si mesmo. Pensei com os meus botões que se estivesse em Londres, poderia até ganhar um dinheiro na famosa bolsa de apostas deles: O futuro dele tinha tudo pra ser brilhante.

O que isso tem a ver com a gente?
Mas, como é claro que as conseqüências dos nossos atos são sempre imprevisíveis e eu estava na Itália, resolvi não fazer aposta nenhuma. Fiquei imaginando se realmente o selecionaria para ser sócio no empreendimento dos meus sonhos.

Estaria disposta a segurar, no dia-a-dia, as conseqüências daquela bela personalidade, mas um tantinho individualista? Daquela pessoa que vibra sem fazer estardalhaço e que responde “na bucha” e com naturalidade o que pensa? Dá pra “segurar a onda” daquele jovem que se coloca em posição de igualdade, mesmo sabendo que você já fez muito mais estrada do que ele? Dá pra aceitar que você não vai poder ficar ali dando “aula” e que se quiser ensinar vai ter que ser compartilhando e metendo junto a mão na massa?

E os Clientes, vão gostar de um tipo assim?

Pessoas anti-convencionais
Aí, lembrei de um livro do A. Lowell que dizia: “Quem decide na vida é o coração e que o papel da cabeça é somente dizer como colocar em prática o que o coração quer”.

Meti a cabeça fora da janela, fiquei ali sentindo o ar frio do início do inverno e escutando o coração, pensei: “Se admitir alguém assim significa compartilhar uma energia tão positiva, eu topo!” Mesmo que me dê muito trabalho. Pessoas estimulantes e anti-convencionais, como o garoto da história, nos ajudam a renovar as idéias e a lembrar que só bater metas e ter resultados positivos no final do ano, não garantem vida longa pra nenhum negócio.

Se alguém assim servir pra gente refletir sobre o milagre de gostar de si mesmo e dos outros com igualdade, servir sem ser servil e entrar na cabeça e no coração de quem tiver qualquer tipo de experiência no nosso negócio. Vale a pena fazer essa aposta.

Uma dica legal pra ter clareza do tipo de pessoa que queremos com a gente é fazer um Banco de Talentos. Onde se tenha registrado como devem Ser as pessoas com quem gostamos de trabalhar e como elas devem Conviver consigo mesmas, com o restante da equipe, com Clientes e conosco. Deixe para decidir o que elas devem Saber e o que queremos que elas Façam, quando precisar de alguém para um cargo específico.

Renovação
Depois de alguns anos de estrada, sabemos com certeza que tudo tem um preço. Até as águias sabem disso, pois aos 40 anos precisam arrancar todas as unhas, o bico e as penas velhas e longas demais das asas e esperar 5 meses pelo crescimento dos acessórios novos. Se tomarem essa decisão, terão mais 30 anos de vida. Se não, morrerão de inanição pela gradual impossibilidade de voar e de caçar.

Quais os preços e que renovações eu teria que fazer para “suportar” (em todos os sentidos) ter no meu negócio uma pessoa que realmente faz diferença e que vai me ajudar a pensar em coisas novas?

Custo, suportar, renovar… Quando se trata de gente, a melhor opção é usar o coração e a cabeça bem apoiados em ótimas ferramentas de gestão de equipe.

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