Alfredo Behrens

Venda Mais Empregos traz chat-entrevista com o representante no Brasil da International Coach Federation. Segundo ele, um coach ajuda um cliente a desenvolver o seu potencial, ou seja, o ajuda a chegar aonde ele ou ela quer. O economista Alfredo Behrens, de 49 anos, possui graduação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e mestrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 1983, obteve o título de doutor em economia pela Universidade de Cambridge e entre 1986 e 1988 foi professor conferencista da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. A partir de 1992, tornou-se economista do Banco Mundial, entidade para a qual trabalhou por quatro anos. Behrens é representante no Brasil da International Coach Federation. O coach pode ser considerado um personal trainer voltado para eficiência profissional. Sua função é auxiliar os executivos a ampliar sua produtividade e tomar decisões. Chat realizado no site http://www.empregos.com.br

Tha quer saber: como é o trabalho de um coach?

Alfredo Behrens: ?>> Tha, o trabalho é individual e pode demorar de três a nove meses. Precisa haver uma relação de confiança que só se constrói com o tempo. Ainda, um coach ajuda um cliente a desenvolver o seu potencial, ou seja, o ajuda a chegar aonde ele ou ela quer.

Ivonaldo: O que fazer quando uma empresa ””””queima”””” a carreira do profissional registrando-o em outra função?

?>> Ivonaldo, você pode conversar com seus chefes ou procurar outro caminho. Um coach pode ajudar a identificar o seu potencial e discutir com você as suas melhores alternativas.

Eduardo quer saber: qual o campo de trabalho mais rentável no momento?

?>> Eduardo, o campo mais rentável é aquele que te satisfaz. Para saber o que é melhor para você, é preciso conhecer a si próprio.

Beth: Qual deve ser o perfil do profissional do futuro?

?>> Beth, se estamos pensando em realização pessoal, todas as profissões servem. Se você esta interessada em ganhar dinheiro, por que não? Então os serviços pessoais são os que mais crescerão.

João: Você já fez consultoria para executivos em outros países?

?>> João, sim, fiz consultoria para executivos e políticos em vários países. O que você gostaria de saber a respeito?

João quer saber Como é o trabalho do coach e qual foi a tarefa mais difícil que você enfrentou?

?>>
João, uma das experiências mais gratificantes, pelo desafio e pela recompensa, foi contribuir a desenvolver o potencial de líderes da população negra da África do Sul, que precisavam se capacitar rapidamente para assumir as rédeas de seu destino, liderando a economia de seu país.

Patricia: Caso alguém precise de uma consulta para tomada de decisão, como deve agir? Como encontrá-lo e consultar pessoas como você?

?>> Patricia, os coachs brasileiros estão se organizando de forma incipiente num mailing de distribuição com endereços: [email protected]. O meu e-mail é [email protected].

Zeca quer saber: é possível treinar um executivo? na prática não é mais barato, simples e rápido substituir o executivo ineficaz ?

?>> Zeca, todos precisamos de coach. Um executivo pode ter diversos fortes e algumas fraquezas. É necessário ajudá-lo a vencer as suas fraquezas. O coach pode ajudar nisso.

Beth quer saber: quem pode ser um coach? Há cursos específicos? Qual a diferença do coach brasileiro para o americano, já que lá fora o mercado é bem melhor?

?>> Beth, todos podemos ser coach. Irmãos mais velhos são coachs dos menores, pais são coachs dos filhos, professores dos seus alunos. O principal é a experiência a ser transmitida e a confiança que o coach é capaz de despertar. Treinamento ajuda a desenvolver a capacidade do coach, mas não lhe dá a experiência, nem os fatores de personalidade imprescindíveis à sua eficácia como tal profissional. Há muitos cursos de coach nos EUA. Consulte www.coachfederation.com. As diferenças são fundamentalmente culturais e de conhecimento no mercado. Aqui a profissão ainda é pouco conhecida, o que dificulta a venda dos serviços e o ajudar as pessoas.

Snoop: Alfredo, você crê que os profissionais que não forem “multiuso” não terão sucesso em suas carreiras? Eu, por exemplo, acumulo várias funções com conhecimentos diferentes.

?>> Snoop, depende de sua profissão. Se eu precisar me operar eu vou escolher um especialista. Numa empresa, principalmente pequena, os profissionais precisam saber se desenvolver em diversas funções.

Kelzinha: Vale a pena morar em países desenvolvidos trabalhando em subempregos, ou o melhor é permanecer no Brasil?

?>> Kelzinha, mesmo em subempregos você tem muito a aprender. Às vezes até mais do que você ficar a vida toda no mesmo lugar. Pensa no difícil aprendizado dos imigrantes nordestinos a São Paulo. Qual seria o balanço de cada um?

Tha: Por que as pessoas sentem necessidade em dividir suas emoções e problemas com os outros?

?>> tha, porque ao dividir os problemas com outros também estamos refletindo sobre os nossos problemas e se a experiência e a empatia do nosso confidente for adequada à experiência de compartilhar, de dividir, pode ser muito gratificante.

Esdrasb: Como posso me tornar mais competitivo nas áreas que não estão relacionadas a tecnologia, mas sim as humanas, como, por exemplo, professor?

?>> Esdrasb, se você quiser ensinar, você deve se perguntar se tem as qualidades para isso. Por exemplo, saber ouvir, conhecer a dor de quem não sabe, e estar disposto a ajudar.

Zeca: A empresa não tem tolerância com as fraquezas de seus executivos. Os executivos ineficientes são substituídos; assim, quem são os clientes do coach ?

?>> Zeca, o mundo não é tão cruel. Um funcionário, mesmo quando falha, pode ter um perfil extremamente valioso para a empresa. A esta custa muito substitui-lo e perder com ele todo o investimento que nele foi feito. Com freqüência preferirá amenizar as fraquezas do funcionário. Entre as empresas brasileiras, é freqüente que os executivos sejam membros da família proprietária. Com mais razão, a empresa investirá em coach.

Roniel: Tenho 28 anos, sou psicólogo de formação, trabalhava na área de RH e atualmente (desde janeiro) ocupo o cargo de gerente comercial. Penso que minha empregabilidade está ameaçada, pois embora tenha migrado de área e gostado muito do que faço agora, minha experiência na área comercial é recente. Como compensar a minha falta de experiência em currículo? Somente com pós-graduação ou com o que mais?

?>> Roniel, pelo jeito você não tem tempo de aprimorar a sua formação específica. Eu sugeriria que você acredite na decisão de sua empresa que o colocou nesta posição mesmo o conhecendo. Você pode ainda aprender rapidamente a usar em benefício da empresa todo o talento que está em seus subordinados. Será que você sabe ouvi-los?

Sika: Quero me especializar na área de relações humanas e gostaria de saber se há um mercado promissor para que eu possa atuar, afinal com o avanço da Internet o contato humano está sendo cada vez mais reduzido.

?>> Sika, a Internet, longe de afastar as pessoas, está permitindo que elas se juntem explorando mais finamente suas afinidades recíprocas, no entanto, a conexão olho no olho, libera uma energia que ainda não encontra vazão na Internet.

Nara pergunta: Como anda o mercado para área industrial?

?>> Nara, a indústria vai mal das pernas (risos). Há setores em grande crescimento, por exemplo, as telecomunicações, mas você já deve saber que o pólo industrial de São Paulo apresenta um dos maiores índices de desemprego do Brasil. Se o seu interesse for desenho industrial, penso que amargará condições de empregabilidade mais escassas, se, no entanto, você for desenhista gráfico, você não terá dificuldades em encontrar empregos, mesmo nas indústrias.

Foi um prazer compartilhar estes momentos com vocês e desfrutar das suas perguntas. Se mais ficou por dizer, podem me procurar pelo e-mail: [email protected]. Muito obrigado.

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