Aprenda, treine e seja o destaque

Ser o melhor naquilo que você faz pode parecer, mas não é uma tarefa difícil. É preciso apenas esforço e dedicação. O sonho das pessoas de um modo geral é se destacar nas suas profissões/atividades, que é até um negócio bastante lógico. Mas quando se pergunta onde estão as dificuldades para a concretização dos sonhos, as repostas geralmente estão em tudo menos nelas. Pois, como se sabe, todos temos pontos fortes e fracos, ?teoricamente?, porque na prática só os fortes são reconhecidos, ficando as deficiências para os outros.

Vejo, por exemplo, pessoas que dizem que gostariam de se colocar diante de uma platéia e falar com desenvoltura, expressando suas idéias de forma convincente. E o mais interessante é que ouço muito isso de profissionais de vendas, que dizem serem bons para falar para uma ou duas pessoas, mas quando se deparam com um grupo, mesmo pequeno, aí suam frio e as palavras somem, comprometendo o argumento de venda por não transmitirem segurança. De fato, uma mensagem sem segurança e sem entusiasmo não gera credibilidade. Mas o vendedor tem de estar preparado para falar para grupos de interessados no seu produto/serviço.

Por outro lado, quando se pergunta por que não se preparar, estudando e treinando, algumas pessoas dizem que falta tempo, outras não têm como ponto forte a leitura, outras ainda chegam em casa à noite cansadas. O certo é que desculpas não faltam, mas falta o principal que é a vontade. Vejo pessoas que não têm tempo ou não gostam de ler, de fazer pesquisa na internet, mas são atualizadíssimas sobre novelas e o Big Brother, elegendo-o até como assunto predileto nas rodas de amigos, conseguindo tempo suficiente para acompanhar tudo o que se passa na casa, via internet, e ainda votar em todos os paredões. São pessoas ricas em culturas inúteis e pobres de espírito, não podendo e nem merecendo o desenvolvimento profissional.

Sempre digo que para se destacar em qualquer profissão ou atividade são necessários anos de estudo, dedicação, comprometimento e bastante vontade de fazer. É estudar, treinar e executar, pois só assim se chega ao aprimoramento. Caso contrário, fica-se sempre aquém dos destaques e na ilusão de um dia ser diferente.

Lembro-me de um diálogo por ocasião de uma carona que dei certa vez a um policial vindo do interior de Pernambuco para Recife. Dentre os vários assuntos que conversamos, ele disse que não gostava de ser militar por ser uma profissão de risco, sobretudo no caso dele que participava da operação antimaconha, sendo obrigado a enfrentar bandidos. Estava com 28 anos de idade e 10 de policial. Perguntei por que então não partia para uma outra atividade. Ele disse que já havia tentado várias coisas, como concursos e vestibulares, mas não passava em nada e que se considerava ?meio? burro. Quando indaguei se ele se dedicava aos estudos, falou-me que nem tanto, apesar de trabalhar numa escala de 24h de serviço por 72h de folga. Mas frisou que, por ser mulherengo e ter três mulheres (sendo uma esposa), necessitava de tempo para se dedicar a elas. Pensei comigo mesmo, ele não era ?meio?, mas sim burro total.

Quantos e quantos profissionais não estão na mesma situação? Nem precisam ser mulherengos, mas não passam do feijão-com-arroz, pois entra ano e sai ano e continuam na mesma. Hoje é comum ter-se como profissionais de vendas farmacêuticos, veterinários, agrônomos, nutricionistas, engenheiros, já que o mercado requer pessoas especializadas nos seus segmentos. E muitos começam no balcão de uma loja, mas poucos são os que crescem. Infelizmente, a grande parte permanece eternamente com o umbigo no balcão. Muda somente de loja, embora sempre sonhando com o sucesso, o qual não ocorre, na sua concepção, pelas injustiças dos superiores. Na verdade, não se pode conseguir coisas novas continuando a fazer as coisas do mesmo jeito. Tem de haver algo de novo e isso vem atrelado ao conhecimento que se adquire no dia-a-dia e deve ser colocado em prática.

Para que haja segurança de modo a dizer ?eu sei? com convicção ao invés de ?eu acho?, como é comum, é fundamental que se tenha um bom conhecimento do que se faz, além do treinamento diário. Só assim a pessoa será capaz de falar para grupos pequenos ou grandes, sendo destacado e diferenciado dos profissionais comuns. Agora, se é para falar tem de ser com firmeza, entusiasmo, segurança e transmitir a mensagem com eficiência. Não fazer como aquelas pessoas que se colocam diante de uma platéia e já começam mal, repetindo o bom-dia ou boa-noite três vezes porque a resposta do público é na mesma proporção do entusiasmo e segurança demonstrados.

Para que se busque o desenvolvimento profissional é importante que a pessoa se conscientize de que todo dia está desempregada, iniciando o seu trabalho da estaca zero. E no final do dia deve-se fazer uma reflexão do que aconteceu no transcorrer do mesmo. Foi produtiva? Atingiu os objetivos daquele dia? O seu trabalho foi lucrativo? Se a resposta for afirmativa, o emprego de amanhã está garantido. Entretanto, se for o contrário, é melhor ir limpando as gavetas para o substituto.

Uma sugestão para quem não tem tempo ou hábito de ler, é reservar alguns minutos por dia para a leitura. Também, andar sempre com um livro, revista, jornal, para fazer uso nas salas e filas de esperas, de modo a pegar gosto pela leitura. Com o tempo, sem perceber, além de adquirir o hábito da leitura, o nível de conhecimento vai evoluindo. E já que o tempo é curto, é importante empregá-lo com assuntos que sirvam para investir em conhecimento, pois material para ler é o que mais se encontra no dia-a-dia em todos os cantos, assim também como a qualidade. A escolha é livre, mas em compensação a evolução profissional e pessoal é proporcional à opção. Pois a leitura não só ajuda na formação intelectual como também é um meio de integração das pessoas com o mundo.

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