E-commerce: o fim do vendedor?

Certos magos em moda já prevêem como único futuro possível para a profissão de vendedor uma espécie de gaveta empoeirada da história O ritmo de crescimento do e-commerce vem acompanhando o embalo das necessidades de vendas pela rede mundial.

Os números são estratosféricos. No ano passado, os adivinhos de plantão previam que o e-commerce movimentaria mais de US$ 100 bilhões em 2001, agora se fala em US$ 200 bilhões, US$ 300 bilhões…

Os investimentos anunciados em sites foram gigantescos e continuam acontecendo novos investimentos.

O vendedor parece, então, ter se tornado figurinha descartável. Certos magos em moda já prevêem como único futuro possível para a profissão de vendedor uma espécie de gaveta empoeirada da história.

Pedidos eletrônicos e cartões de crédito estariam matando ? ou, pelo menos, ferindo de morte ? o ofício.

Entusiasmo à parte, é preciso esperar a poeira dos bits baixar, para tirar conclusões tão radicais.

As empresas virtuais já estão se acomodando no mercado e qual será realmente a distância que há entre a economia virtual e a economia real?

A relação compra-venda exige uma confiança só garantida pelo convívio humano. E o conhecido isolamento do internauta não é capaz de resolver esta questão.

O comércio eletrônico, é sem dúvida uma ferramenta que amplia a possibilidade de crescimento das vendas e do faturamento. Ele, na verdade, amplia ? e não reduz ? o campo de ação do vendedor.

O vendedor continuará a ser, portanto, um dos grandes protagonistas do mercado, ou melhor, nestes novos tempos podemos entender que todos os profissionais da empresa são vendedores, através do Email muitas vezes temos acesso ao Presidente, e este precisa que sua empresa responda com rapidez e eficiência às solicitações de seus compradores.

Mais: para vender via Web, é necessário o suporte de profissionais especializados em logística, design, administração, controle e análise de sistemas, entre outros.

A Internet, sem dúvida, é um grande gerador de novas oportunidades de trabalho, de prestação de serviços e de vendas. Claro, o vendedor do futuro (aliás, um futuro cada vez mais presente…) será outro profissional.

Ele terá de estar tecnicamente afiado, pronto para aproveitar as transformações do mundo, evitando assim, tornar-se produto descartável como mão-de-obra.

A grande novidade é a crise do trabalho braçal como fonte de geração de empregos, enquanto a inteligência se impõe, cada vez mais, como alicerce do novo trabalho. Aumenta, então, a responsabilidade da sociedade em prestar formação e assistência aos menos favorecidos; e cabe ao governo investir mais em educação e na saúde, sem os quais não teremos a mão-de-obra essencial aos novos tempos.

E ao vendedor e suas entidades representativas?

Cabe estudar, atualizar-se, aprender novos idiomas e novas técnicas, caso contrário, não adianta reclamar. Mas, acima de tudo, cabe ao vendedor do futuro manter sua essência milenar: Ele é o intermediário de confiança entre quem quer produzir e quem quer comprar. Essa relação de cumplicidade nem o e-commerce nem o tempo são capazes de matar.

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