Promover ou contratar

Promover talentos internos ou ir ao mercado buscar novos profissionais? Conheça as vantagens e desvantagens das duas opções. Fato comum no dia-a-dia das organizações, independentemente do seu tamanho, é a contratação de pessoal. Essa atividade pode ser operacional ou estratégica. No campo operacional, quase sempre é mais fácil solucionar o problema. Porém, quando se trata de cargos gerenciais, há que se ter alguns cuidados especiais.

Algumas empresas adotam, acertadamente, a política de primeiro tentar a promoção interna, recorrendo ao mercado somente nos casos em que internamente não conseguem solução para o problema. Valorizar a prata da casa é, sem dúvida, uma ótima política. Dar àqueles que estão comprometidos com as causas da empresa oportunidade de crescimento profissional é o maior estímulo e a maior prova de confiança que se pode dar a uma equipe. Adotar a política de promover os talentos internos e ir ao mercado para buscar novos profissionais apenas se o cargo for estratégico e as especificidades exigidas não forem encontradas nos potenciais internos. Isso demonstra o respeito que a organização tem por seus profissionais.

Essa forma de atuar estimula nos funcionários o desenvolvimento e a criação de uma cultura própria, um comprometimento dos colaboradores nascido na percepção da lealdade e consideração que a organização tem por eles. Tal realidade permite que cada um estabeleça seu plano de carreira dentro da organização e se prepare para uma oportunidade futura, certo de que ela virá e de que, quando ela chegar, haverá preparo suficiente para aproveitá-la.

Como tudo na vida tem o lado bom e o ruim, nesse caso precisam ser considerados também os pontos negativos, que não são muitos, mas existem. Um risco grande é de que as empresas passem a olhar apenas para seu próprio umbigo, fechando-se para a realidade externa, e de que, quando se dêem conta disso, seja muito tarde.

O mundo evolui rapidamente. As organizações estão inseridas em uma aldeia global na qual as relações acontecem de forma constante, por meio da troca de informações, direta ou indireta, pelos diversos meios disponíveis. Por essa razão é necessário que o quadro de funcionários de uma empresa esteja capacitado e aberto para assimilar e disseminar os novos conhecimentos.

A falta de oxigenação impede a organização de ter inteiração com novas culturas e experiências e normalmente a leva ao conformismo, que, certamente, será o primeiro passo para a decretação de sua estagnação e conseqüente morte. Para que isso não ocorra, o ideal será, paralelamente, adotar uma outra política: a do benchmarking. A empresa deverá estar atenta para praticar constantemente a troca de informações com o meio em que atua e com o mercado com o qual opera. É preciso que a empresa seja uma incentivadora constante da troca de conhecimentos, promovendo intercâmbios entre empresas do próprio segmento e de segmentos diferenciados.

O importante é entender que os concorrentes não são inimigos. No operacional, a troca de informações gera sinergia, melhora a qualidade e aprimora os conhecimentos de ambos. Há que se ter cuidado apenas quanto às questões estratégicas, pois essas dizem respeito à perenidade de sua empresa. Em relação a esse assunto, um passo em falso pode ser a destruição do pulo do gato.

Portanto, quando a questão se referir a postos gerenciais, a política de valorização da prata da casa é sem dúvida saudável. Sempre que aplicada sem corporativismo ou favorecimentos, tendo em mente as necessidades da empresa e capacidade dos profissionais, é claro. Caso internamente não seja possível encontrar o profissional desejado, a outra opção será buscá-lo no mercado, preferencialmente em empresas concorrentes ou congêneres, tendo a preocupação de evitar a contratação de profissionais com vícios e conceitos ultrapassados, resistentes a mudanças.

Se essa for a opção, deve-se chamar um profissional que tenha um passado brilhante, experiência comprovada e, sobretudo, que tenha poder de realização, brilho nos olhos e que goste de gente (pois aquele que gosta de gente consegue com maior facilidade adaptar-se às novas políticas e filosofias da empresa que o contratou e tem maiores chances de ser aceito pelo grupo).

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