Uns conseguem, outros não. E eu, como fico?

Acredite! Ainda está para nascer o vendedor que vai assumir os erros que o levaram ao fracasso do não cumprimento de sua cota. Fim de mês e aquela correria para fechar a cota, quando tiveram 20 dias úteis para, com calma, cumprirem os objetivos.

Fechando o mês, vem a gritaria, pois sempre a culpa vai recair sobre o estoque que era insuficiente (?), sobre o cadastro que não foi rápido (?), sobre a cobrança que colocou muitos empecilhos (?) e um monte de desculpas, como sobre o gerente que não autorizou a venda. Enfim ainda está para nascer o vendedor que vai assumir os erros que o levaram ao fracasso do não cumprimento de sua cota.

Existem, por outro lado, aqueles Grandes Vendedores ou os comumente chamados de águia, os quais começam e terminam um mês com o mesmo pique, com a mesma intensidade, com a mesma alegria e disposição. Para estes nada impede o crescimento, mesmo quando a empresa sobrepõem valores, os quais para a maioria seriam intransponíveis. Estes, os águias, tem seus nomes em pelourinhos, com grandes recompensas para os que os encontram, contratam e conseguem mantê-los em suas alas de venda.

Findo o junho, que venha o julho e assim continuo o meu trabalho, mas chama-me atenção o fato dos brasileiros continuarem a aceitar boatos e vivenciar os mesmos, atrapalhando o crescimento interno.

Que me desculpem os economistas, mas sempre tivemos uma política de juros elevados; sempre houve abuso econômico dos que detém o poder e sempre houve grandes lucros com a atividade mercantil. Portanto, os juros altos não impedem as vendas, mas sim impedem, a falta de criatividade, a falta de emoção, a falta de dedicação e principalmente a falta de objetividade que a maioria dos comerciantes (e vendedores) tem.

Se há um problema em vender para determinado cliente, será que o mesmo problema interferirá em outro ou outros?

Lógico que não, pois pára cada um há uma ótica diferente e como no construindo ou reformando, os materiais a serem utilizados são e serão diferentes, podendo vender hoje o alicerce e amanhã as paredes.

Findo o mês e um Grande Vendedor destacou-se em uma área agrícola, com algumas indústrias de transformação de produtos agrícolas e, outras áreas parecidas também existem na minha regional , comprovando que a exceção tem bases, ou seja, ele soube aproveitar a situação, passando a visitar mais rapidamente seus clientes, oferecendo todo o mix de produtos que a empresa oferece, conseguindo fechar mais vendas do que os demais.

Aliado as suas estratégias, leva no coração o sentimento do gostar do que faz, criando resultados, que para ele, já eram esperados.

Por que outros não fizeram como ele?

Muitos atingiram 90% dos objetivos, mas a maioria acomodou-se com os nãos havidos com as visitas, pois o próprio comerciante, ao receber estas notícias que a economia está afundando, que está em crise, vai pouco a pouco assimilando e passando a tê-las como idéia própria, a qual, sem notar, vai repassando aos seus funcionários e, conseqüentemente, estes ao atenderem os clientes duvidosos, acabam interferindo nas decisões, confundido-os, pois associado aos pensamentos que o proprietário lhe passou, eles próprios criam os seus e, imaginem como ficam os clientes que querem comprar, ao sofrerem um atendimento por parte de pessoas intranqüilas, com medos e receosas em perder os empregos.

O maior culpado ou a maior culpa de não atingirmos os objetivos está no fato de não acreditarmos no que podemos fazer e no que somos capazes de atingir. Se todos conseguissem planejar com antecedência os seus passos, tal qual fazem os turistas, que ao adquirem os pacotes turísticos, sabem com muitos dias de antecedência aonde vão, como vão, não tendo maiores dificuldades fora o da língua e alimentação, não teríamos cotas e objetivos inalcançáveis.

Ao nosso lado há exemplos a serem seguidos, mas somos cegos em potencial, pois basta olharmos os passarinhos ao fazerem os seus ninhos ? com antecedência ? para os filhotes que virão, pois jamais (penso eu) o fazem se não fossem acreditar no acasalamento… a conseqüência da união dos passarinhos, tal qual é a do vendedor, com o cliente: pedidos !!!

O Grande Vendedor merece destaque não só pelo mês bem cumprido, mas por uma trajetória de crescimento e este serve de exemplo, pois nenhuma pedra em seu caminho ficou a bloquear sua trajetória e todos os seus clientes, além de comprar bem dele, o querem muito bem, o que ajuda em muito nas suas vendas. Acrescento que, quando um cliente gosta do vendedor e esta amizade não interfere nas vendas, tem o vendedor o queijo e faca na mão, bastando efetuar e manter a parceria.

Disse o Rául Candeloro, em uma de suas magníficas palestras que o preço (material feito por pesquisa científica) é um dos últimos itens de uma venda, sendo precedido por larga margem pela confiabilidade na empresa/vendedor, pela qualidade dos produtos, pela diversidade de produtos e pelo atendimento. Com isto poderemos visualizar os Grandes Vendedores e chamá-los de águia!

Terminando, posso responder ao título, pois se eu o seguisse, copiando suas virtudes, corrigindo os meus erros e defeitos, treinando melhor, preparando com antecedência os meus passos, tendo um assessoramento, certamente serei eu o próximo Grande Vendedor da minha empresa.

Que venha o julho, mas que venham os Grandes Vendedores devidamente preparados e motivados, pois de tiradores de pedidos, bastam os passivos (que me perdoem o telemarketing passivo), pois a sua existência depende unicamente de um Grande Vendedor em ação.

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